quarta-feira, 10 de abril de 2013

Brasil só perde para três países em lista de prédios verdes


Brasil só perde para três países em lista de prédios verdes
 por Guilherme Yoshida | Fonte: ZAP Imóveis

Ao mesmo tempo em que os imóveis construídos no Brasil estão cada vez menores, os novos empreendimentos também têm ganhado aspectos mais modernos, como a sustentabilidade.

Segundo o último ranking promovido pela Green Building Council Brasil, entidade responsável por difundir o selo Leed (sigla em inglês para Liderança em Energia e Design Ambiental) no país, obtido com antecedência pelo ZAP Imóveis, o mercado de prédios verdes no Brasil continuou como o quarto maior do mundo no primeiro trimestre do ano. Em 2012, o país estava na mesma posição.


Desde o início do ano, cinco empreendimentos brasileiros receberam o selo Leed e 15 edifícios entraram com pedido de certificação (Fotos: Banco de Imagens / Think Stock)



Com 682 construções com esta certificação de sustentabilidade, o país ficou em 4º lugar na nova pesquisa, com 2.089.195,20 m² certificados, atrás apenas dos Estados Unidos, China e Emirados Árabes Unidos.


+ MERCADO IMOBILIÁRIO

Desde o início do ano, cinco empreendimentos brasileiros receberam o selo Leed e 15 edifícios entraram com pedido de certificação, números que levaram o Brasil à marca de 88 empreendimentos certificados e 682 pleiteando a aprovação.

“A região Sudeste é a mais avançada hoje [no Brasil], mas temos visto o Nordeste despontar no número de edificações que buscam os diferenciais da certificação Leed, com destaque para Pernambuco e Ceará”, apontou Marcos Casado, diretor técnico e educacional do GBC Brasil.

Em 2011, eram 577.617 m² registrados buscando o selo naquela região. No ano passado, este número saltou para 4.006.556 m².

“Só o MBA em construção sustentável tem oito turmas em cinco capitais do Nordeste, o que mostra o interesse pela capacitação”, complementou.

A expectativa da entidade é que, até o final de 2013, sejam 900 empreendimentos registrados e 120 certificados em todo o território nacional.


Com 682 construções com a certificação de sustentabilidade, o país ficou em 4º lugar na nova pesquisa, com 2.089.195,20 m² certificados

Ainda segundo o estudo, os Estados Unidos, líderes do ranking, contam com 44.702 prédios registrados e 15.130 certificados, a segunda colocada China tem 1.219 e 338, enquanto os Emirados Árabes, 811 e 70, respectivamente.

Para receber o selo, o empreendimento deve atender critérios dentro de sete categorias: eficiência energética; uso racional de água; materiais e recursos; qualidade ambiental interna; espaço sustentável; inovações e tecnologias e créditos regionais.

Confira o ranking mundial baseado no número de empreendimentos registrados (certificados + em processo de certificação) pelo selo Leed:

1º EUA
 2º China
 3º Emirados Árabes Unidos
4º Brasil
 5º Índia
 6º Canadá
 7º México
 8º Alemanha
 9º Coreia do Sul
 10º Qatar

Fonte: ZAP Imóveis

terça-feira, 9 de abril de 2013

TELHAS SHINGLE - Para construções em Steel Frame ou Alvenaria

Telhas shingle reduzem riscos de infiltrações
 

Até quatro vezes mais leves do que outros produtos e 100% estanques, podem ser especificadas para qualquer sistema construtivo

Redação AECweb / e-Construmarket


Divulgação: LP Brasil

Uma solução para coberturas composta por massa asfáltica, grânulos cerâmicos e fibra de vidro passa a impressão de ser pesada e necessitar de uma base especial para ser instalada. Mas com as telhas Shingle é exatamente o contrário: além de serem leves e de fácil montagem, agregam benefícios como estanqueidade e durabilidade. “É um sistema que proporciona beleza e praticidade para o telhado”, afirma o engenheiro Rubens Campos, diretor da LP Brasil.
Outra característica das telhas shingle é a flexibilidade. Elas são utilizadas em coberturas curvas, inclinadas e até mesmo como revestimento para paredes. “É um produto que se adapta aos contornos do telhado, dispensando acessórios como calhas, peças especiais para espigão e água furtada, o que confere aparência mais uniforme e qualidade estética superior à edificação”, comenta Campos.

ESPECIFICAÇÃO

A telha shingle pode ser especificada para qualquer sistema construtivo e tipologia arquitetônica, desde obras residenciais até comerciais e industriais. Por ser uma solução 100% estanque, é utilizada em locais com diferentes climas. “Uma das vantagens é a redução do risco de infiltrações. E como é até quatro vezes mais leve do que outros produtos, não há necessidade de uso de caibros e ripas nas estruturas. Também não ocorrem problemas como destelhamento ou quebras devido a ventos fortes ou chuva de granizo”, diz o engenheiro.



Divulgação: LP Brasil

Para Campos o projetista precisa conhecer e entender o sistema. “Ao optar pela tecnologia shingle o profissional deve prever a redução da estrutura, a ventilação adequada do telhado, a paginação e a modulação dos painéis OSB. A correta especificação, além de evitar desperdícios e falhas no momento da instalação, garante um telhado com durabilidade e pouca manutenção”, complementa.

APLICAÇÃO

A estrutura, metálica ou de madeira, para receber a telha shingle precisa ser contraventada com painéis OSB. Essas chapas servem como base para aplicação de uma manta de subcobertura que garante a estanqueidade. “Antes de iniciar a instalação do produto é importante verificar o alinhamento da estrutura e se todas as bordas do painel OSB estão apoiadas e com junta de dilatação”, menciona Campos.
Os dutos de exaustão da cozinha e dos banheiros devem atravessar toda a extensão do telhado e despejar o ar para fora. Outro fator importante é a utilização do beiral e cumeeira ventilados, já que a falta de uma boa circulação do ar gera condensação de umidade, o que acarretará deformações na cobertura e desconforto térmico na edificação.


Divulgação: LP Brasil

Após montar a estrutura, as telhas são pré-fixadas com um prego especial. O calor do sol completa a aderência entre o produto e a chapa. Outra recomendação é sempre utilizar os painéis OBS, mantas de subcobertura e pregos desenvolvidos especificamente para o sistema shingle.

QUALIDADE

Os padrões de fabricação das telhas shingle são estabelecidos pelas normas técnicas internacionais: UL 790 – resistência ao fogo classe A; ASTM D7158, classe H; ASTM D3018, tipo 1; ASTM D3161, tipo 1, classe A; e ASTM D3462.

MANUTENÇÃO

Campos explica que o produto quase não exige manutenção. “As telhas shingle possuem um sistema AR (Algae Resistant) que funciona como um autolimpante e mantém o telhado com aspecto de novo por muito tempo”, conta. Apesar desta tecnologia, ele recomenda que seja realizada uma limpeza periódica, ao menos uma vez por ano. “Pode ser feita com uma mangueira de jardim ou, em casos de sujeiras mais pesadas, é possível utilizar uma solução de água com cloro. Não é recomendado o uso de lavadoras de alta pressão, pois danificam o produto”, alerta.

VANTAGENS

Por ser inquebrável, com longa vida útil e que não requer trocas constantes, as telhas shingle são consideradas sustentáveis. Porém, é importante procurar fabricantes que garantam que a matéria-prima utilizada na fabricação seja certificada.
Como o sistema é leve, garante economia no momento de montar a estrutura, já que ela não precisa ser complexa. “É uma solução flexível, versátil, resistente, de fácil instalação, estanque e visualmente agradável”, comenta o engenheiro.
É bom saber

Em regiões com temperaturas mais altas, as telhas shingle são mais eficientes devido ao fato de o calor facilitar a aderência da manta asfáltica. Mas isso não impede que elas também sejam instaladas em locais frios. Usualmente utilizadas na Europa e nos Estados Unidos, as telhas shingle são facilmente encontradas no mercado nacional. “Com a economia gerada na montagem da estrutura, garantia de estanqueidade e baixa manutenção, a shingle tem um excelente custo-benefício”, finaliza Campos.

COLABOROU PARA ESTA MATÉRIA

Rubens Campos – Mestre em engenharia civil e possui MBA em gestão comercial. Atualmente, exerce a função de diretor da divisão CES da multinacional LP Brasil.